domingo, 15 de setembro de 2013

FORÇA AFRO



Gritaram-me, Negra!

Este poema da   afro-peruana Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra, Nascida em 27 outubro 1922 - La Victoria, Lima, Peru.
Ela é compositora, coreógrafa e desenhista, expoente da arte afroperuana.


Me chamam de negro (Mestre Luís Renato)
As vezes me chamam de negro
Pensando que vão me humilhar
Mas o que eles não sabem
É que só me fazem lembrar
Que eu venho daquela raça
Que lutou pra se libertar
Que criou o maculele
Que acredita no camdomblé
Que tem o sorrizo no rosto
A ginga no corpo
E o samba no pé.
Que fez surgir de uma dança
Uma luta que pode matar
Capoeira arma poderosa
Luta de libertação
Brancos e negros na roda
Se abraçam como irmãos.
Camarada o que é meu,
     É meu irmão
Camarada o que é meu,
 É meu irmão.